quarta-feira, 20 de maio de 2015

ENTREVISTA: KAROLYNE LIESENBERG

Orquestra Unisul – Concertos Nas Comunidades

Assim como o projeto Concertos nas Comunidades, esta breve entrevista com a soprano Karolyne Liesenberg tem por objetivo aproximar o público ao universo da música erudita. Com perguntas simples, diretas, pensadas por quem não é familiarizado com o meio e com formato descontraído de pergunta e resposta.
Primeiramente perguntas abrangentes, depois conheceremos mais sobre a soprano.
Tocar o coração das pessoas e trazê-las para perto pode ser sim mais fácil do que se imagina!

1. O que é música erudita?
R: Música erudita é tudo o que abrange a música de concerto, em suas diversas formações: Música de câmara, concertos, sinfonias, ou seja, aquela que vai de oposição à música popular e precisa de um ambiente mais apropriado (com acústica) para sua execução.
2. Quais as diferenças entre a música erudita e a música clássica?
R: A diferença é que a Música Clássica, refere-se ao período do Classicismo, que vai da metade do século XVIII e o início do século XIX e tem suas características específicas. Mozart por exemplo, é um famoso compositor do período clássico.
3. Há quanto tempo você trabalha com a Orquestra Unisul?
R: Comecei na orquestra tocando violino, em 2009. No ano de 2012 passei a integrar a equipe administrativa da Orquestra, na função de produtora. Também faço participações  como solista, cantando.
4. Como começou este trabalho?
R: Para entrar na Orquestra, passei por uma audição, seleção que ocorre em diversas orquestras. Para a produção, foi um convite pessoal do maestro Patrick.
5. Quando você começou a trabalhar com música?
R: Tive meu primeiro contato com música aos 09 anos, quando comecei a cantar em um coro de igreja. Mais tarde, em 1998, passei a estudar música efetivamente, em Itajaí, numa escola chamada IMCARTI (Instituto de Música, Canto e Arte de Itajaí), a qual tenho muito carinho, pois lá comecei a estudar violino, cantei e viajei com o coro, tive oportunidade de dar minhas primeiras aulas de música e me preparei para o vestibular de música, que prestei em 2004.
6. Qual a sua formação acadêmica?
R: Sou bacharel em música – opção violino pela UDESC e atualmente curso o Bacharel em Canto, pela Faculdade Belas Artes do Paraná.
7. Alguém na sua família já trabalha com música? Qual a posição deles em relação a sua escolha profissional?
R: Como profissão não. Minhas irmãs já estudaram instrumentos, mas desistiram ao longo do tempo. Eles me apóiam, torcem pela minha felicidade e são sempre presentes em minhas apresentações.
8. Apesar da exaustiva rotina de ensaios os músicos parecem sempre muito bem dispostos. Qual a sua principal motivação para manter a energia para realizar este trabalho?
R: Como toda profissão, trabalhar com música também tem os pontos positivos e negativos. O que me motiva a continuar realizando este trabalho é, principalmente, o retorno que temos da platéia, a diversidade de emoções positivas que sentimos durante uma apresentação e as grandes amizades que fazemos ao longo da estrada.
9. Cantar é dom ou técnica? Todos podem aprender?
R: Olha.... o que muitos chamam de dom, eu vejo como uma facilidade maior para realizar as coisas, ou no caso dos cantores, aquele que já tem a voz naturalmente bonita e consegue “colocar” a voz mais facilmente que outros. Mas mesmo estes, precisam estudar para evoluir. Então eu vejo o canto como técnica. E o estudo do canto não é só cantar, mas também ouvir bastante música, estudar línguas, estudar interpretação e sempre fazer acompanhamento com fono, etc. Todos podem aprender sim, só que temos que saber respeitar a velocidade da evolução individual, pois enquanto uns aprendem mais rápido, outros, por diversos motivos, demoram mais, mas NUNCA devemos desistir desses. O importante é ter amor, força de vontade e estudo.

10. Além de cantar, quais instrumentos você toca? Existe algum que você ainda gostaria de aprender?
R: Eu toco violino também. Se fosse aprender mais algum instrumento, escolheria piano.



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